Este será o esquema final para explicar a matéria de Wundt. Neste esquema podemos perceber que Wundt utilizava a introspecção controlada (método) para ter acesso à consciência ou processos mentais (objecto de estudo). Consciência esta que se divide nos seus objectos mais simples, como as sensações, os sentimentos, as emoções através das suas reacções neurofisiológicas. Todo este processo é desenvolvido activamente pela própria pessoa.
A Psicologia & Eu
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Exercício no 3 - Ponto de partida para iniciar Wundt
Este exercício é nada mais nada menos, do que uma inspecção controlada pois, eu fiz uma auto-análise de mim própria descrevendo o que estava a sentir.Seria impossível saber-se o que senti naquele momento se eu não fizesse uma introspecção controlada... No entanto, levanta-se uma pergunta. Seria verdade essa descrição? Não é possível saber e por isso Wundt é criticado visto, o sujeito poder adulterar a sua introspecção.
- Descrever a situação que acontece naquele momento e explicar o que senti.
O professor, na sala B18, bate ritmada e sistematicamente com a chave da sala na mesa. Tive a percepção inicial de que os alunos encontravam-se a fazer algo de errado e essa seria uma forma de chamar atenção. No entanto, visto a situação continuar mesmo com os aluno atentos, senti que talvez estivesse a pensar em algum apontamento no entanto, foi uma situação que me fez sentir desconfortável e irritada devido aos batimentos mas, também, espantada devido à estranha situação.
Criticas a Wundt
Apesar de ser considerado o "pai da psicologia" experimental, é certo que foi alvo de diversas críticas.
Os processos mentais de Wundt ignoraram um aspecto, mais tarde será fundamental para Freud: o inconsciente. A introspecção controlada apenas analisa os fenómenos conscientes, não sendo permitido o acesso ao inconsciente, que segundo os psicanalistas influenciam de modo determinante o nosso comportamento. Além do mais, só analisa os estudos de consciência não abordando o comportamento que se manifesta em reacções a estímulos objectivamente observáveis.
Outra crítica possível é que, o objecto de estudo não pode ser verificado por terceiros, ou seja, o individuo que pratica a introspecção é o único que observa a sua experiência interna, a sua observação não pode ser controlada por outro observado.
E por último, a introspecção não é universal, pois nem todas as pessoas podem realizá-la (crianças, doentes mentais...devido a não terem capacidade para o fazer). A introspecção é realizada através de dados que o sujeito transmite através da linguagem, no entanto, este tem muitas vezes dificuldade em exprimir por palavras o que sente.
Os processos mentais de Wundt ignoraram um aspecto, mais tarde será fundamental para Freud: o inconsciente. A introspecção controlada apenas analisa os fenómenos conscientes, não sendo permitido o acesso ao inconsciente, que segundo os psicanalistas influenciam de modo determinante o nosso comportamento. Além do mais, só analisa os estudos de consciência não abordando o comportamento que se manifesta em reacções a estímulos objectivamente observáveis.
Outra crítica possível é que, o objecto de estudo não pode ser verificado por terceiros, ou seja, o individuo que pratica a introspecção é o único que observa a sua experiência interna, a sua observação não pode ser controlada por outro observado.
E por último, a introspecção não é universal, pois nem todas as pessoas podem realizá-la (crianças, doentes mentais...devido a não terem capacidade para o fazer). A introspecção é realizada através de dados que o sujeito transmite através da linguagem, no entanto, este tem muitas vezes dificuldade em exprimir por palavras o que sente.
Wundt e a Psicologia
Wundt teve um papel muito importante na psicologia, sendo mesmo designado "o pai da psicologia". Para Wundt a psicologia era uma ciência intermédia entre as ciências naturais e as culturais. É reconhecido por ter dado um grande passo no sentido de tornar a psicologia numa ciência objectiva experimental.
Foi influenciado pelas descobertas da química, onde todas as substancias são constituídas por átomos. Então este decompôs a sua mente nos seus elementos mais simples, que são as sensações. Ou seja, tal como os átomos constituem as substâncias químicas, as sensações seriam os elementos simples da mente e da consciência.
Defendia que os processos mentais (sentimentos, atitudes, pensamentos, fantasias...) não eram mais que uma organização de sensações elementares que se associavam entre si; procurando relacioná-los com a estrutura do sistema nervoso.
É no seu laboratório que vai procurar conhecer os elementos constituintes da consciência, a forma como se relacionam e se associam. E assim surge a concepção associacionista.
O objecto de estudo de Wundt é o estudo da consciência, a mente, os processos mentais, decompondo-as nos seus objectos mais simples: as sensações puras. Para atingir esse objectivo utiliza a introspecção controlada: só o sujeito que vive é que pode descrever-la introspeccionando-se, isto é, fazendo auto-análise dos seus estados psicológicos em condições experimentais.
Wundt nesse aspecto era muito rigoroso, sujeitando-se a si e aos seus colegas a realizar várias experiências.
A concepção de psicologia defendida por Wundt define a consciência como objecto e a introspecção como método.
Foi influenciado pelas descobertas da química, onde todas as substancias são constituídas por átomos. Então este decompôs a sua mente nos seus elementos mais simples, que são as sensações. Ou seja, tal como os átomos constituem as substâncias químicas, as sensações seriam os elementos simples da mente e da consciência.
Defendia que os processos mentais (sentimentos, atitudes, pensamentos, fantasias...) não eram mais que uma organização de sensações elementares que se associavam entre si; procurando relacioná-los com a estrutura do sistema nervoso.
É no seu laboratório que vai procurar conhecer os elementos constituintes da consciência, a forma como se relacionam e se associam. E assim surge a concepção associacionista.
O objecto de estudo de Wundt é o estudo da consciência, a mente, os processos mentais, decompondo-as nos seus objectos mais simples: as sensações puras. Para atingir esse objectivo utiliza a introspecção controlada: só o sujeito que vive é que pode descrever-la introspeccionando-se, isto é, fazendo auto-análise dos seus estados psicológicos em condições experimentais.
Wundt nesse aspecto era muito rigoroso, sujeitando-se a si e aos seus colegas a realizar várias experiências.
A concepção de psicologia defendida por Wundt define a consciência como objecto e a introspecção como método.
Biografia
Wilhelm Wundt nasceu a 16 de Agosto e 1832, na Alemanha e faleceu a 31 de Agosto de 1920, mantendo sempre a sua actividade intensa até ao dia da sua morte. Apesar de ser fruto de uma família tradicionalmente intelectual, existiu uma reprovação. Distraia-se facilmente nas aulas e por isso as suas capacidades não eram reconhecidas, chegando a ser ridicularizado pelos professores e colegas. Sonhava ser um escritor famoso.
Com 19 anos, entra no Universidade de Heidelberg , formando-se em Medicina. Com o decorrer do curso, percebe de que não se interessa por medicina e especializa-se em fisiologia. Completa o doutoramento em 1855, passando a ser professor dessa disciplina (fisiologia) até 1874.
Enquanto professor, mostra interesse em estudar os processos mentais e investiga como se processa a informação sensorial, no ramo da Psicologia.
É assim que publica a sua primeira obra "Contributos para uma teoria de Percepções Sensoriais", usando a designação de "psicologia experimental".
Em 1974, publica a obra considerada por muitos fundamental, onde organiza as suas aulas, dado que é nelas que estabelece os princípios da psicologia como ciência experimental independente: "Princípios de Psicologia Fisiológica".
A partir de 1875 vai dar aulas para a Universidade de Leigzig, onde permanece 45 anos. Sendo a física e a química modelos de ciência experimental, propõe a "construção" da psicologia como uma nova área da ciência objectiva experimental.
Neste sentido, funda em Leipzig, o primeiro laboratório de Psicologia experimental, seguindo o modelo dos laboratórios de ciências naturais e utilizando técnicas utilizadas pelos fisiologistas. Este laboratório depressa se torna um centro de investigação, onde se vão encontrar investigadores, psicólogos e estudantes dos EUA, Japão, Itália, Rússia...
Pioneiros destas investigações divulgam práticas da psicologia como nova ciência experimental, seguindo o modelo de Wundt.
Esta é a função mais eficaz para Wundt atingir o seu principal objectivo: contribuir para o processo de autonomização da psicologia, relativamente à filosofia.
Dotado de uma grande capacidade de trabalho, orientou a sua escrita para várias áreas: ética, lógica, filosófica, sistemática, psicológica experimental e psicológica social.
Vai ser também o primeiro investigador sistemático da psicologia cultural. Aborda o desenvolvimento do pensamento humano manifestado na linguagem, nos mitos, nas artes, nos costumes, nas leis e na moral numa obra monumental constituída por 10 volumes: "Psicologia Cultural".
Sendo um professor eloquente, popular e convincente chegava a ter 600 alunos matriculados nas suas aulas. Manteve uma actividade intensa até ao dia da sua morte, entre as quais a escrita, chegando a escrever 54 mil páginas entre 1853 e 1920.
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